
Há uns dias, eu estava com um certo alguém (aquele que é bem legal ficar de par abraçadinho ao tocar “Último Romance”) ouvindo “Todo O Carnaval Tem Seu Fim”, dos mesmos
Los Hermanos. A pessoa em questão me perguntou o que significava a palavra “tarol” de uma passagem da música (“... toda banda tem um tarol, quem sabe eu não toco...”). Não soube responder na hora.
Fui procurar hoje no dicionário o que significava. Primeira tentativa, mini
Aurélio, nada. “Ué? Será que eles fizeram um neologismo. Não, impossível, uma palavra simples, de cinco letras, não pode ser inventada assim... Tem que ter sido inventada por outro alguém...”.
Procurei um dicionário menos fodão, da
Ediouro, de um tal
Sérgio Ximenes (sei lá, deve ser aqueles que vêm de brinde em jornal). Negativo, de novo. “Oh, meu Deus. Eu não posso ficar sem essa resposta... Mas, peraí!!! Bingo!!! Salvação!!!”
Saí correndo entre os livros do meu pai. Lembrei de um dicionário antigão que ele tem, que, faz tempo, estava intocável. Daqueles que têm desenho ilustrando algumas palavras específicas.
“Dicionário Conciso de Língua Portuguesa”, do Círculo do Livro (ainda existe?).
(Parênteses: “Conciso”? Uma ova! Grosso até...).
E entre imagens de alpaca (
sf. quadrúpede ruminante dos Andes.), brontossauro (
sm. Espécie de dinossauro herbívoro da América do Norte que mede – media? – aproximadamente 3,80m de altura e 7,20 de comprimento.), camaleão (
sm. Réptil da família dos iguânidas que tem a propriedade de mudar a cor da pele – que, aliás, muito bem poderia ter a foto do
David Bowie), entre poeiras, tosses e espirros, acho, enfim – a-há! – tarol!
A prova de que os barbudos são saudosistas e amantes à moda antiga. Fui encontrar o significado de tarol num dicionário velhíssimo, que nem ano de lançamento tem na bibliografia.
É isso aí.
***
Ah! Em tempo:
tarol sm. Tambor pouco alto, de som claro.