Indie PoP

Ultimamente, os reclames comerciais me fazem abrir um sorrisão, mas também me deixam encucado. São três propagandas, uma de um automóvel, outra de uma companhia de telefonia móvel e uma terceira de um cartão de débito e crédito. As três têm músicas indie pop na trilha.

A primeira, do carro, vem com a meiguinha, fofinha, lindinha,"Love Is Just A Game", do Magic Numbers. A segunda, mais recente, tem a maravilhosa, esplêndida, monumental, "Light And Day", dos numerosos e espetaculosos Polyphonic Spree (foto).

E a terceira... A do cartão, que mostra a história de um casal que está esperando um bebê e é cheio de imagens coloridas, desenhos e alegria (porque propaganda é a alma do negócio)... bom, dela, eu não sei o nome, nem de quem é. Mas queria saber, pois parece Teenage Fanclub e, mais ainda, uma banda obscura, os ingleses muito legais do Quasi, mais conhecida (?) por ser a banda de apoio do finado Elliot Smith (aliás nem sei se a banda também já não é finada). Mas nem no Google consegui achar nada de nada acerca de tal canção.

Ou quase nada que, pelo visto, é nada mesmo. Num tópico da página do Yahoo! Perguntas, uma menina pergunta sobre a mesma dúvida minha, um cara responde que é de uma banda chamada The Plexures e a música atende pelo nome de "Bignight". Pois fui procurar e nada. Então, é nada mesmo. Sei lá, acho que o cara tava de zoeira.

Enfim, além dessa "encafifação", é de se pensar outra coisa: me dá medo de pensar que o mundo virou indie. É uma contradição do cacete, pois parece que, o que era para ser exceção, virou regra. Já pensou se o Polyphonic Spree começa a tocar em tudo quanto é canto?

E se a Família Lima resolve fazer uma versão em português de "Light And Day"? Não é difícil, vide Damien Rice vs. Ana Carolina e Seu Jorge... Ou, pior, Simone...